:: ESTIMULANTES DO SNC (COCAÍNA E ANFETAMINAS)
São substâncias cujo efeito predominante é o estímulo do cérebro pelo bloqueio de células inibitórias ou pela liberação de substâncias neurotransmissoras (substâncias liberadas por uma célula cerebral para estimular outras). A cocaína pode ter diferentes efeitos conforme a via de administração: a via intravenosa e a aérea (fumar) têm efeitos mais rápidos e intensos do que a inalatória (cheirar). Seus efeitos físicos são: aumento da pressão arterial e da temperatura, tremor de extremidades e midríase (dilatação da pupila).
Os efeitos psíquicos são: sensação de bem-estar, euforia, aumento da autoconfiança, hiperatividade, desinibição, abolição da fome e da sensação de cansaço. Com aumento da dose aparece a ansiedade, irritabilidade, apreensão e desconfiança, podendo chegar a delírios e alucinações, tanto auditivas, quanto visuais. Em usuários crônicos foi descrito um quadro de letargia, hipersonia, irritabilidade, humor depressivo que, em casos graves, pode até chegar ao suicídio. A cocaína desenvolve uma compulsão muito forte ("fissura") nos seus usuários. No uso injetável, pode causar arritmias cardíacas, convulsões, flebites, endocardites, além de AIDS, síndromes que são todas potencialmente fatais. Por via nasal, pode causar atrofia da mucosa nasal ou mesmo perfurações no septo nasal.
As anfetaminas são também muito utilizadas sob forma de comprimidos anorexígenos, muitas vezes prescritos como coadjuvantes de tratamentos para emagrecer. Em geral, elas causam efeitos físicos e psíquicos semelhantes à cocaína. Podem também desencadear ataques típicos de pânico.